O Farol do Bugio localiza-se no Forte de São Lourenço do Bugio, também conhecido como Forte de São Lourenço da Cabeça Seca ou simplesmente Torre do Bugio, localiza-se a meio das águas da foz do rio Tejo, na direcção da Cova do Vapor a Sul e da vila e concelho de Oeiras a Norte. O local onde se ergue é um banco de areia formado pelo assoreamento da foz do rio, fruto da dinâmica da confluência de suas águas com as do oceano Atlântico, ao ritmo das marés. Sendo o único da região com a superfície acima da linha de marés durante todo o ano, ficou-lhe a toponímia de cabeço ou cabeça seca. A toponímia bugio pode ser atribuída, entre outras versões, ao termo francês bougie (vela), devido à semelhança da sua estrutura circular e da primitiva torre encimada por farol, como uma vela acesa sobre o seu castiçal. Em planta datada de 1693 já se encontra figurada uma torre encimada por um farol, estrutura que, devido à semelhança de uma vela acesa, teria rendido o nome de bugio à estrutura. O relatório de inspecção efectuada em 1751 ao farol, mostra que o mesmo operava com azeite, no período de Outubro a Março, e que se encontrava em razoáveis condições. Esta estrutura, destruída pelo terramoto de 1755, foi reedificada como um dos seis faróis erguidos na costa portuguesa para auxílio à navegação, conforme determinação de um Alvará do Marquês de Pombal datado de 1758. O novo farol entrou em funcionamento em 1775. A estrutura do Forte de São Lourenço do Bugio, considerada modelo de fortificação renascentista, apresenta planta no formato circular perfeito, em alvenaria de pedra, formato escolhido por Casale que considerou que este permitia uma melhor direcção do fogo da artilharia, ao mesmo tempo que lhe conferia uma maior solidez para resistir à erosão provocada pelas correntes do rio e força das marés. É composta por: Muralha externa com alambor (base circular, com 62 metros de diâmetro por 6 metros de altura), rasgada por porta em arco de asa de cesto; Muralha interna (formato circular, com 33 metros de diâmetro por 7 metros de altura), na qual se inscrevem internamente as dependências de serviço (21 compartimentos). O seu terrapleno é lajeado, com baterias; Torre central (formato circular, com 3 metros de diâmetro por 16 metros de altura), com porta em arco de asa de cesto. No topo da torre encontra-se instalado o moderno farol. As dependências de serviço são constituídas pela Casa de Comando, quartéis, paiol, depósitos, cisterna e Capela. Nesta última, destaca-se um retábulo-mor em estilo maneirista com embrechados de mármore, tendo as paredes e o tecto forrados com madeira pintada. O Farol do Bugio é actualmente utilizado como farol de apoio à navegação, tendo sido classificado pelo IPPAR como Imóvel de Interesse Público.
Fonte: Wikipédia
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Forte de São Lourenço do Bugio |
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Entrada da muralha externa |
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Entrada da muralha interna |
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Pátio circular da muralha interna |
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Pátio circular da muralha interna |
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Depósitos |
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Farol |
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Capela |
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Implantação do farol |
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Farol |
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Relógio de sol |
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Pátio interior visto de cima |
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Zona das baterias |
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Zona das baterias |
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Zona das baterias |
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O forte e o farol |
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O farol |
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Zona envolvente do forte |
Que pena estar tão mal conservado
ResponderEliminarUm conjunto de excelentes fotografia com uma belíssima apresentação e descrição.Fiquei com pena de não ter ido visitar este belo lugar, mas depois de ver estas belas fotografias fiquei a conhecer um pouco mais deste belo património.Abraço
ResponderEliminarObrigado Luís pelo teu comentário. Fiquei encantado com esta visita, que há muito esperava poder concretizar. Pena é que este património único se encontre tão degradado. Abraço
ResponderEliminarExcelente reportagem, Armando.
ResponderEliminarObrigado António!
ResponderEliminarFantástico conjunto de fotografias de um farol onde nunca fui, obrigada por mo dares a conhecer acompanhado de um excelente texto, bj.
ResponderEliminarObrigado Dulce pelo simpático comentário!
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